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21/09/2007 - 18h42

Direto da TGS: "No More Heroes" desfila estilo no Wii

AKIRA SUZUKI
Enviado especial a Tóquio
O roteirista Goichi Suda, também conhecido como Suda 51, fez fama com jogos de personalidade forte, por assim dizer. Basta saber que ele tem em seu currículo o impactante "Killer 7", que traz uma história pra lá de intrigante e um clima macabro, combinando com um estilo visual de "graphic novel". Um jogo de sua autoria pode ser taxado de tudo, menos de óbvio.

Dentro desse panorama, chega até a ser surpresa que "No More Heroes", em termos de mecânica, não busque as excentricidades costumeiras de seu criador.

Os controles são de um adventure de ação clássico. Aqui, há um ângulo de câmera determinado para cada cena. Mas, quando se ativa a mira automática sobre algum inimigo, o jogo o coloca de frente para a tela, ou seja, é a garantia que este alvo, em particular, não vai fugir do campo de visão do jogador.

Os golpes comuns são acionados com botões. O principal é aquele com a espada de luz, que vai perdendo sua energia a cada investida. Travis Touchdown - esse é o nome do protagonista - também tem chutes, que servem para sobrepujar a guarda. Os gestos com o Wii-Remote são exigidos apenas para finalizar os adversários: basta fazer o movimento indicado na tela e Travis desfere, em câmera lenta, o derradeiro ataque. Trata-se de um sistema bem equilibrado, afinal, tivesse o jogador que fazer os gestos para os golpes mais simples, seria muito cansativo, em todos os sentidos.

Suda é um fã declarado de luta-livre e faz questão de incluir a modalidade de "luta" em seus jogos. Em "No More Heroes", quando se golpeia seguidamente um adversário, ele fica grogue. Nesse estado, ao aplicar um chute, o game pede que se faça gestos com o Wii-Remote e o Nunchuk ao mesmo tempo. O resultado é um lindo "suplex", um golpe tradicional de luta-livre em que o atacante pega as costas do oponente e o arremessa para trás. É ótima a sensação de aplicar esses golpes mais vistosos.

Para recuperar a energia do sabre, é preciso apertar o botão "mais" (+) e chacoalhar o Wii-Remote. O personagem faz um gesto esquisito, até meio cômico. Mas o método mais fácil é pegar um item. O Wii-Remote também vira um celular: nas cenas em que Travis conversa ao fone, o jogador pode escutar o diálogo pelo controle.

Na parte final da demonstração, apareceu o chefe Destroy Man, um dos assassinos ranqueados na organização de matadores à qual Travis acaba se juntando por acaso. Segundo a produtora, esse oponente em particular é um "otaku" (palavra japonesa que tem significado parecido com "nerd"), que adora heróis americanos. Por isso, ele usa capa e aplica um golpe no qual solta laser pelos olhos. Mas o mascarado também imita personagens de outras nacionalidades: basta dizer que solta um raio ou uma bola de energia azuis com as mãos.

De todo jeito, a luta contra os chefes exigem um pouco mais de perseverança e habilidade, já que é preciso muito mais golpes para detê-los. No caso de Destroy Man, as únicas chances de atacar são depois que ele aplica seus golpes.

Se a mecânica chega a ser até tradicional, o mesmo não pode ser dito em relação à direção de arte: não é tão excêntrica como a de "Killer 7", mas continua desfilando peculiaridades. O toque de classe fica com as sombras próprias bem contrastantes.

"No More Heroes" será lançado pela Ubisoft em 2008.

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